Lei de Rafa, Semana da Escoliose deixa Campinas iluminada em verde, terá palestra e campanha com celebridades no canal legislativo sobre o desvio de coluna que afeta milhões de adolescentes

Campinas realiza pela segunda vez em sua história a Semana Municipal de Conscientização sobre a Escoliose, um desvio de coluna progressivo e sem causa aparente que pode levar até a uma intervenção cirúrgica e possível perda de mobilidade. Para chamar atenção sobre o fato, diversas ações serão realizadas de 25 a 30 de junho na cidade de Campinas que, de maneira pioneira – por meio de um projeto de lei de Rafa Zimbaldi  (que se tornou a lei 15.488/2017) – inseriu em seu calendário anual a Semana.

“A escoliose idiopática adolescente atinge milhões de pessoas no Brasil e no mundo, em especial as meninas, e pode ser controlada se identificada antes que as curvas atinjam graus mais significativos, porém a maioria das pessoas desconhece o problema. A ideia desta semana é essa: despertar as pessoas para que conheçam o problema. Quando aprovamos a lei, sancionada pelo prefeito no ano passado, previmos que tanto o Poder Executivo como o Legislativo envidariam esforços no sentido de desenvolver ações relacionadas à conscientização e infelizmente no ano passado não houve tempo hábil para promover esta ação simples, mas chamativa. Neste ano, porém, conseguimos e a ideia é repetir todos os anos, como ocorre em campanhas como o Outubro Rosa e o Novembro Azul”, diz Rafa.

Durante toda a semana, uma série de prédios públicos da cidade – Câmara, Prefeitura, Torre do Castelo e os reservatórios da Sanasa no Alto Taquaral e São Vicente – serão iluminados de verde, cor usada internacionalmente nas campanhas de alerta sobre o desvio. Além disso, Rafa conta que a Câmara promoverá no dia 28 de junho, das 8h30 às 10 horas, uma palestra no Plenário com o fisioterapeuta Rodrigo Andrade, especializado em exercícios específicos para escoliose, na qual ele explanará sobre o desvio. A palestra será aberta ao público e transmitida ao vivo pela TV Câmara Campinas – canal digital 39.3, canal 4 da NET e 9 da Vivo Fibra.

“Informar as pessoas sobre a escoliose idiopática adolescente é extremamente importante porque ela aparece por volta dos onze, doze anos e muitas vezes passa despercebida pelos pais e pela criança. Para se detectar o problema, muitas vezes um simples exame visual – com a criança ficando de pé (de sunga ou biquíni) e dobrando o corpo para frente como se fosse tocar os pés – já é suficiente para enxergar o desvio na coluna, cuja tendência é piorar na fase de crescimento se não houver tratamento”, alerta o fisioterapeuta.

Além destas açõos, o Instituto Escoliose Brasil (www.escoliosebrasil.com.br), fundado por nadrade, criou uma campanha que está sendo divulgada nas redes sociais e também terá veiculação no canal, na qual médicos, fisioterapeutas, pessoas com escoliose e famosos de diversas áreas falam sobre o problema e dão o alerta.

Entre os participantes da campanha estão o ator global Anderson di Rizzi (o Juvenal da novela O Outro Lado do Paraíso), o ex-nadador medalhista olímpico Fernando “Xuxa” Scherer, os jogadores bugrinos Fumagalli e Bruno Brígido e os pontepretanos Ivan e Danilo Barcelos, a armadora Babi (campeã brasileira pelo Basquete Vera Cruz Campinas em 2018) , o piloto de Stock Car Max Wilson, a modelo Karina Martins e a cantora Mari (da Banda Babado Novo), bem como a faixa roxa de jiu jitsu Tati Uemura – que tem 50 graus de escoliose e optou por conter o desvio com exercícios – e a jovem Jenifer, que teve que fazer a cirurgia e criou o blog Menina de Titânio para relatar sua experiência.

O que é a escoliose?

Escoliose é um termo descritivo para um desvio tridimensional da coluna. Em mais de 80% dos casos, uma causa específica não é conhecida. Esses casos são chamados de “idiopática”, que significa “de causa indeterminada”. Ela é particularmente comum em meninas adolescentes. Os principais fatores da fisiopatologia da escoliose idiopática são: déficit do controle da postura corporal pelo sistema nervoso central, alteração do esquema corporal, interações anômalas entre hormônios envolvidos no processo do crescimento (melatonina), determinados defeitos genéticos da membrana celular associados às anormalidades do colágeno e dos músculos esqueléticos e distúrbios biomecânicos da coluna como estímulos e sobrecargas assimétricas.

A escoliose é confirmada por meio de radiografia, que identifica o número de curvas e a gradação delas naquele momento – as curvas são progressivas, ou seja, aumentam se não forem contidas. Dependendo do grau da escoliose é indicado um tipo de tratamento, seja ele composto somente por exercícios específicos para escoliose; exercícios associados ao uso de colete ortopédico ou, nos casos mais severos, o tratamento cirúrgico.

 

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