Tiroteio no São Bernardo: nos moldes de requerimento de Rafa, prefeito cria Grupo de Estudos para analisar relocação de empresas de segurança para fora de bairros residenciais

Na terça-feira 15 de março, um dia após o presidente da Câmara Municipal, vereador Rafa Zimbaldi (PP) ter protocolado requerimento à prefeitura solicitando para que fosse realizada uma mudança da Lei 6031/1988 de modo a não serem permitidas empresas de segurança em bairros residenciais, o prefeito Jonas Donizete (PSB) assinou decreto criando um Grupo de Estudos formado por quatro secretarias com o objetivo de analisar a relocação de empresas desta natureza. Na madrugada de segunda (14), a Protege – localizada no bairro São Bernardo – foi atacada por uma quadrilha em uma ação cinematográfica, com direito a tiroteio com armas de uso restrito que levou pânico à população.

“A cidade foi vítima de um acontecimento bárbaro e agimos em duas frentes. Ontem falei pessoalmente com o Deinter e o secretário de Secretaria do Estado de São Paulo, que me garantiram uma ação rápida para identificar e punir os bandidos, e em outra frente estamos hoje criando esse grupo de estudos que, quero externar, está nos moldes do requerimento aprovado ontem na Câmara Municipal, para analisarmos tudo e, se for o caso, propormos uma mudança da lei e mandarmos isso para análise dos vereadores. Trabalharemos de maneira integrada com o Legislativo: todas as medidas terão embasamento legal e autorização do Legislativo”, pontuou.

O prefeito acrescentou ainda que não se pode culpar as empresas – existem quatro no município, todas em áreas onde há residências – pelo ocorrido. “Elas estão dentro de um zoneamento permitido ou tolerado, dão emprego pra muita gente e também são vítimas desta violência, elas e seus funcionários, não podem ser hostilizadas. Por isso o Grupo de Estudos vai, em 60 dias, ouvir não só moradores como interagir com representantes das empresas,que têm garantias legais para estar onde estão. Não podemos fazer nada correndo e midiático, para depois sermos questionados na justiça. E não adianta tirar uma empresa de um bairro residencial e levar para outro residencial”, diz.

O presidente Rafa Zimbaldi relembra que este é um bom momento para trabalhar com a questão, já que em breve será definida a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo da cidade. “O próprio Executivo já detectou, por exemplo, que não existe uma categoria de empresa de transporte e segurança de valores quando se fala em zoneamento, apenas de transporte, e provavelmente será preciso criar esta categoria ou subcategoria, com regras específicas. O fato é que este episódio com a Protege foi o segundo em pouco mais de quatro meses, jpa que no ano passado houve assalto a outra empresa, a Prosegur, também localizada em um bairro residencial, o Jardim Nova Mercedes. Ou seja, há um indicativo claro que é preciso tomar providências não só de punição aos bandidos, como de proteção à população, antes que ocorra realmente uma tragédia ainda maior”, opina.

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